O Volvo EX30 chegou como uma aposta para democratizar os SUVs elétricos da marca, com um preço mais acessível e especificações interessantes. Seu motor de 272 cv e a autonomia de até 338 km pareciam adequados para a realidade brasileira, mas, ao longo do ano, suas vendas sofreram uma queda abrupta: de 666 unidades em junho para apenas 169 em novembro.
Principais fatores que prejudicaram o Volvo EX30
Expectativas Elevadas: A empolgação gerada pelo recorde de vendas globais da Volvo não refletiu no mercado brasileiro.
Preço: A faixa de R$ 229.950 a R$ 299.950 acabou sendo um obstáculo para parte do público interessado em SUVs elétricos.
Gama Limitada: Ofertado inicialmente com apenas uma motorização, o modelo pode não ter atendido diferentes perfis de comprador.
Citroën Aircross: os desafios de um SUV de sete lugares
Outra grande promessa de 2024 foi o Citroën Aircross, que tinha como trunfo ser um SUV para sete ocupantes. Ainda assim, após um ano de mercado, o carro colecionou críticas. Muitos consumidores apontaram a simplicidade excessiva no segmento, além de não encontrar no modelo recursos considerados básicos para um SUV dessa categoria.
Motivos que dificultaram o sucesso do Aircross
Equipamentos Tardios: Funções como chave canivete e ar-condicionado digital demoraram a chegar, frustrando os primeiros compradores.
Oscilações de Venda: Mesmo com atualizações, as vendas do modelo foram inconstantes ao longo do ano.
Competitividade: No segmento em que atua, o Aircross não conseguiu se destacar frente aos principais rivais.
Outros modelos com desempenho abaixo do esperado
Além de EX30 e Aircross, vários carros também não cumpriram as metas de vendas em 2024:
Volkswagen Amarok: Sofreu com poucas atualizações desde seu lançamento, o que impactou diretamente sua competitividade.
BYD King: Apesar de prometer economia e tecnologia, não ameaçou a hegemonia do Toyota Corolla em seu segmento.
Hyundai Palisade: Lançado com um preço superior a R$ 400.000, perdeu relevância quando uma nova versão internacional foi revelada, passando a impressão de que o modelo brasileiro havia ficado defasado.
O que esperar de 2025
Apesar das dificuldades enfrentadas em 2024, algumas marcas ainda podem reverter o cenário no próximo ano. A BYD, por exemplo, prevê um crescimento nas vendas do King, querendo se aproximar de modelos líderes do mercado. Já a Volvo pode conquistar parte do público interessado em elétricos se fizer ajustes no preço e ampliar as versões do EX30.
Para isso, as montadoras precisarão analisar com cuidado os erros cometidos em 2024 e adotar estratégias mais alinhadas ao perfil do consumidor brasileiro, que está cada vez mais exigente. Inovar e manter-se atento às tendências será essencial para garantir um desempenho melhor em um mercado que se mostra extremamente competitivo e em constante transformação.
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